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Pecuária

Arroba de boi gordo: veja como os preços abriram a semana pelo Brasil

Consultoria avalia que perda de qualidade das pastagens terá papel fundamental na formação dos preços no decorrer de maio

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O mercado físico do boi gordo abriu a semana com tentativas de compra em patamares mais baixos. Além disso, diversos frigoríficos seguem ausentes da compra de gado, avaliando as melhores alternativas para aquisição de boiadas em uma semana mais curta, em função do feriado prolongado.

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as escalas de abate apresentaram alguma evolução na última semana. A avaliação é de que a perda de qualidade das pastagens terá papel fundamental para a formação dos preços no decorrer do mês de maio.

As exportações em ótimo nível são outra variável relevante que precisa ser considerada neste momento, oferecendo um relevante ponto de sustentação aos preços da arroba, disse o analista Fernando Henrique Iglesias.

Veja os preços médios da arroba de boi gordo hoje

  • São Paulo: R$ 325,42
  • Goiás: R$ 309,29
  • Minas Gerais: R$ 319,41
  • Mato Grosso do Sul: R$ 323,30
  • Mato Grosso: R$ 326,16.

Atacado

O mercado atacadista volta a se deparar com preços firmes, carregando uma expectativa de uma primeira quinzena de maio interessante em termos de consumo. Isso ocorre considerando-se que, além da entrada dos salários na economia, há o adicional de consumo relacionado ao Dia das Mães, data que costuma estimular o consumo de carne bovina.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 25 o quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 20,50. A ponta de agulha ainda é cotada a R$ 18,50 o quilo.

Fonte: Canal Rural

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Pecuária

Sistema de integração entre pecuária e plantio de teca será lançado em Mato Grosso

Parceria entre a Embrapa e a empresa TRC oferece solução para pecuaristas

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Gado e teca na fazenda Bacaeri, de Alta Floresta (MT), que inspirou o sistema BoiTeca — Foto: Divulgação/Bacaeri

Será lançado na próxima quinta-feira (8/5) na fazenda Duas Lagoas em Cáceres (MT) o sistema Bacaeri-BoiTeca, uma parceria entre a Embrapa e a brasileira TRC (Teak Resources Company), maior produtora e exportadora mundial de teca plantada, com faturamento bruto de US$ 150 milhões. Inspirado no primeiro sistema de integração pecuária-floresta (silvipastoril) com clones de teca implantados em 2008 na Fazenda Bacaeri, no município de Alta Floresta (MT), o BoiTeca será apresentado a pecuaristas como uma opção sustentável de segunda renda a longo prazo sem gastos para o produtor.

Fausto Takizawa, diretor de pesquisa de desenvolvimento e relações institucionais da TRC, conta que a empresa iniciou em 1994 o plantio no Mato Grosso de 1.000 hectares de teca, madeira nobre de maior valor agregado. Na época, a empresa se chamava Floresteca e foi criada graças a um fundo de investimentos holandês captado pelo fundador Sylvio Coutinho Neto. O foco sempre foi a exportação.

Hoje, 31 anos depois, a TRC é gestora de cinco fundos de investimentos florestais de teca com plantios de 40 mil hectares no Mato Grosso e Pará e indústria em Cáceres. A segunda planta está sendo construída em Santa Maria das Barreiras (PA), com investimento de R$ 30 milhões.

Primeiro sistema de integração pecuária-floresta (silvipastoril) com clones de teca foi implantado em 2008 na Fazenda Bacaeri, em Alta Floresta (MT) — Foto: Divulgação/Bacaeri

“A empresa é uma prestadora de serviço, gestora e comercializadora da madeira teca. Funciona como um ecossistema que pega o dinheiro dos investidores e viabiliza o processo de produção, mais a logística e exportação.”

Ao longo dos anos, com o avanço da agropecuária, a terra no Mato Grosso começou a se tornar muito cara, e o Brasil começou a ficar pouco atrativo para investimentos estrangeiros de longo prazo, como é o caso da teca, que demanda cerca de 20 anos para o corte da madeira.

Diante dessa redução de atratividade, a empresa teve que buscar outra alternativa para manter o estoque de madeira para exportação. Como o Mato Grosso é o estado com maior rebanho bovino do país e o sistema silvipastoril da Embrapa já mostrava segurança técnica e viabilidade econômica, a TRC foi atrás da parceria, adotou a tecnologia no ano passado e já plantou 600 hectares, que serão mostrados nesta quinta a pecuaristas convidados. O plano da empresa é substituir aos poucos o plantio puro pelo BoiTeca.

“O sistema silvipastoril desenvolvido pela Embrapa nos deu segurança técnica e viabilidade econômica. O pecuarista disponibiliza sua área de pasto para o plantio da teca, não gasta nada com plantio e manutenção das árvores e fica sócio na renda da madeira”, explica Eduardo Prado, diretor de novos negócios da TRC.

Eduardo Prado e Fausto Tekizawa, diretores da TRC — Foto: TRC/Divulgação

Segundo ele, o faturamento de um hectare na época de corte da teca deve se equiparar ao valor da terra e o gado usufrui da sombra e do conforto térmico, melhorando a eficiência da produção de carne. No monocultivo, a produtividade da teca é de 300 metros cúbicos por hectare, mas são plantadas 500 árvores para chegar a 140 árvores no final do ciclo. No sistema carne com floresta do BoiTeca, cai para 160 metros cúbicos por hectare, mas não há necessidade de desbaste e o metro cúbico é mais valioso.

Maurel Behling, engenheiro-agrônomo e pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, fez uma pré-apresentação do sistema Bacaeri-BoiTeca durante a Norte Show, feira agrícola que aconteceu em Sinop, de 14 a 17 de abril, e destacou as vantagens para o pecuarista.

Segundo ele, uma das barreiras para o aumento do plantio no Brasil de teca é a falta de mão-de-obra. Na parceria com a TRC, não há esse problema porque a empresa já tem o know how e assume totalmente o plantio e manejo da árvore.

Espécie tropical do sudeste asiático, a árvore não suporta frio ou geada e precisa de 1.500 mm de chuva por ano, no mínimo, com estação seca marcante.

“O BoiTeca é a maximização de ganho da árvore mantendo a produtividade da pecuária, mas é exclusivo para pecuaristas profissionais que adotam tecnologia. A teca requer solos com fertilidade média elevada”, diz Behling, acrescentando que o plantio pode crescer para o norte do país e ocupar outras áreas no Cerrado e também em Goiás. O cientista projeta uma demanda futura global de 150 milhões de metros cúbicos de teca.

Exportação

A TRC corta teca desde 2006, exporta 10 mil contêineres por ano e tem cerca de 1.800 clientes diretos na Ásia. A madeira em toras vai para a construção civil da Índia e para fabricantes de móveis da China e Vietnã, que exportam depois o produto pronto até para o Brasil. Europa e Estados Unidos compram a madeira premium beneficiada, sem defeito e com certificação ambiental (a empresa tem a certificação FSC, Forest Stewardship Council), para fabricação de decks e pisos.

Prado afirma que o preço da teca tem variado bem nos últimos anos, mas bem menos que a soja e os outros grãos. Hoje, o preço é inferior ao de cinco anos atrás, mas a tendência é de crescimento nos próximos cinco a oito anos, já que a teca nativa da Ásia está com restrição de corte e muitas florestas que estão sendo colhidas não serão replantadas.

Takizawa diz que há uma dificuldade em estabelecer a parceria de longo prazo com os pecuaristas que abriram áreas há 40 anos, mas os sucessores já veem vantagens na integração porque, além de não ter custos e de elevar a renda no futuro, ainda podem fazer negócios com o sequestro de carbono da atividade silvipastoril.

Atualmente, a empresa tem parceria com seis pecuaristas e espera fechar com 10 até o final do ano. O diretor de pesquisa diz que a TRC está sendo procurada por pecuaristas interessados na parceria, mas um entrave é que muitos têm suas fazendas em áreas em que a empresa não atua.

Plantio de teca — Foto: TRC/Divulgação

Com genética importada, a produtividade da teca aumentou até 60% na comparação com os plantios iniciais, se tornou mais resistente a doenças e tem um rendimento maior na serraria. A TRC está desenvolvendo uma cultivar nacional, que deve ser lançada em breve, segundo os diretores.

Bacaeri

O consórcio de pastagens com teca foi adotado pela Bacaeri em 2008 após o proprietário, Antonio Francisco Passos, perceber o potencial de crescimento da teca no tipo de solo e clima da fazenda e levantar informações sobre o preço final de venda da teca e a escassez crescente da madeira nativa. Ele já plantava teca em monocultura e criava gado.

No início, o sistema silvipastoril ocupou 50 hectares. Em 2012, a Embrapa se interessou pelo modelo.

“Recebemos a visita de alguns técnicos que demonstraram contentamento por encontrar o sistema já implantado em nossa fazenda, com bastante dados registrados, e nos propuseram uma parceria. Aceitamos e a Bacaeri se tornou uma Unidade de Referência de Pesquisas em Tecnologia e Economia (URTE) da Embrapa visando compartilhar informações e ampliar as pesquisas”, diz Passos.

Atualmente, a fazenda de 20 mil hectares, com 12 mil hectares de florestas nativas, tem 1.000 hectares de BoiTeca, 1.200 hectares de reflorestamento de teca no sistema convencional, 2.000 de integração lavoura-pecuária, 800 hectares de pecuária intensiva em sistema rotacionado e 3.000 de pecuária no sistema tradicional, em transformação.

Passos diz que vem fazendo desbastes na monocultura de teca e vendendo as madeiras desde 2007, mas o investimento começa a ter retorno mesmo após o corte final da madeira. Segundo ele, o simples plantio de teca na integração com o boi não aumenta, mas também não diminui o rendimento da pecuária.

Com o ganho em conforto para os animais e a expectativa de renda futura com a venda da teca, a área de BoiTeca da Bacaeri deve crescer até ocupar 75% das terras destinadas à pecuária.

Nos últimos plantios do sistema integrado, Passos usou o espaçamento de 20 metros entre as linhas e 3 metros entre as plantas, mas já houve vários arranjos de espaçamento de 15 a 22 metros. Entre as plantas, também se usou espaço de 2,5 a 5 metros.

“Seguimos fazendo testes porque ainda não temos a resposta definitiva para o melhor aproveitamento do sistema”, diz o produtor, que construiu uma serraria na fazenda para processar a madeira.

Além da Embrapa, a fazenda de Alta Floresta também faz testes com a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e com a Universidade do Estado do Mato Grosso para aprimorar o sistema.

A Embrapa também implantou outras URTs para pesquisa e validação de arranjos com teca no Mato Grosso na Fazenda Gamada, no município de Nova Canaã do Norte, na Fazenda Brasil, em Barra do Garças, e na Fazenda São Paulo, em Brasnorte.

Fonte: Por Eliane Silva — Ribeirão Preto (SP) / Globo Rural

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